"PROFECIA FALÍVEL"- Uma critica feita aos defensores da mesma





De acordo com os defensores da profecia falível, a presença de um erro em uma declaração profética dos que afirmam o dom profético não os constitui como falsos profetas, isto apenas significa que por definição são profetas falíveis do Novo Testamento. É meu argumento que isto constitui uma mudança total do significado da profecia dando como resultado uma mensagem confusa acerca da natureza e o caráter de Deus que tem se revelado de forma consistente e eficazmente por meio de seus mensageiros designados. Por outro lado, tal formulação de profecia confunde com eficácia, e elimina quase que por completo, as provas biblicamente prescritas para a profecia. A importância disto não deve ser subestimada, porque todas as provas da profecia, no Antigo Testamento e Novo Testamento, tem uma implacável peça central: o amor de Deus.

Grudem argumenta que a conotação do Novo Testamento da palavra profeta não possuía o senso de autoridade que já teve.


Por tanto, Cristo não chama seus discípulos de profetas porque “...a palavra grega prophetes (“profeta”) no momento do Novo Testamento...não possuía o sentido de ‘um que fala as próprias palavras de Deus’” Em vista da ênfase dada por Grudem sobre este ponto, será muito importante para nós examinar a sua justificação lexical para tal conclusão.

Grudem argumenta que os profetas genuínos do Novo Testamento poderiam ser resistidos em face de sua falibilidade: “Quando Paulo disse: ‘Que dois ou três profetas falem, e os demais julguem’ (1ª Coríntios 14.29), sugere que devem escutar atentamente e tirar o bom e do mau, aceitando um pouco e rejeitando o resto (porque isto é a implicação da palavra grega diakrino, que aqui é traduzida como “e os demais julguem.” Em apoio desta posição, Grudem prove exemplos do que ele crer que são profecias falíveis do Novo Testamento, o mais importante dos quais é Ágabo. Igualmente a Grudem, D.A Carson insiste em que a profecia de Ágabo estava cheia de erros, dizendo: “Não consigo pensar em nenhum profeta no Antigo Testamento cujas profecias são tão ruins nos detalhes” Se trata de uma acusação forte que requer uma avaliação cuidadosa.

Grudem argumenta que, a diferença do dom único de profecia dada no tempo do Antigo Testamento, o dom de profecia do Novo Testamento era extremadamente comum e funcionou em “milhares de cristãos comuns em centenas de igrejas locais da época do Novo Testamento”


Por sua vez, tal profecia do Novo Testamento não proporcionou revelação divina, em vez “...as palavras do ‘profeta’ e a ‘profecia’ se usa mais comumente para se referir aos cristãos comuns e correntes que falaram não com autoridade divina absoluta, mas simplesmente para informa algo que Deus havia trazido a suas mentes”. Para ele, isso vai contra o dom como tendo um papel fundamental (Efésios 2. 20 e 3: 5).

Crendo no valor e a eficácia da profecia falível, um crescente número de pastores e mestres populares estão agora promovendo abertamente este tipo de ensino. Particularmente dentro do movimento cada vez mais popular do Novo Calvinismo encontramos com um número crescente de partidários da profecia falível. Para facilitar a difusão desta doutrina o próprio Grudem proporciona uma estratégia de 6 pontos para o estabelecimento da profecia falível dentro da igreja local. Isto representa um perigo crescente de tolerância e proliferação dos falsos profetas dentro da igreja. Meu argumento é que esta teologia contemporânea não é nem benéfica e nem inofensiva. Sua completa mudança do significado da profecia planta dentro da igreja uma semente perigosa de pensamento e prática.


Autor: Michael John Beasley
Tradução: João Ferreira de França

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